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Deixo os trabalhos dos alunos do 8ºC, enviados pela Drª Lina Soares, no âmbito do estudo do texto poético.
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A cidade de ninguém
Quem é que se interessa
Pelos campos, montanhas, praias?
Na obscura paisagem urbana
Repleta de prédios, casas, automóveis
Ninguém.
Ninguém se interessa pela Natureza
Dos passarinhos a chilrear
Da flor a desabrochar
Ninguém
Ninguém se interessa pelo azul do céu
Do sol a brilhar
Do som da música
Ninguém
Há apenas e só na cidade
O vento sombrio
As nuvens negras
E a chuva intensa.
Sofia e Mariana, 8C
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A Cidade das Memórias
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Abro a porta.
Lá fora a multidão.
No meio mendigos famintos
Cercados por rejeição.
Avanço.
Calco calçadas desgastadas
Ladeadas por casas desmoronadas.
Desemboco no rio qual afluente
Ouço o crepitar da corrente
E repouso sob o sol ardente.
Bebo um cálice do vinho do Porto
E abstraio-me do Mundo torto.
Avisto os rabelos
Uma brisa levanta-me os cabelos.
Os barcos atracam no cais
Enfeitado por arranjos florais.
Retomo a caminhada
Atravesso a ponte arqueada
Com uma vista privilegiada.
Uma cidade carregada de memórias
Que deve o seu nome Invicta
Às suas inúmeras vitórias.
Hugo , Baltasar e António Pedro, 8C
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Cidade
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Não há vida,
Não há cor.
Os dias são todos cinzentos.
Altos prédios desgrenham a cidade com furor,
Aviões rasgam os céus.
Uma densa e pesada neblina percorre a cidade
Ocultando um cadáver que repousa a um canto,
Não existe pranto;
E só o descobrem de manhã,
Quando o sol, pálido e frio,
Paira sobre um fio
De carros, multidões
Todos envoltos num círculo de calor,
Tentando rejeitar a dor,
De ver o sol nascer,
Vermelho e sangrento,
Como as feridas que as cidades abrem,
Neste mundo turbulento.
João Daniel Linhares Moreira; João Diogo Oliveira; João Diogo Barreira, 8C
1 comentário:
Muito interessantes estas reflexões/emoções poéticas sobre a cidade! Parabéns, meninos!
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