domingo, 23 de dezembro de 2012

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Prémio Leya 2012

Fica a sugestão: Nuno Carmarneiro.
 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Prémio Pessoa para Richard Zenith


A notícia que transcrevemos é do Público.
O escritor norte-americano Richard Zenith é o vencedor do Prémio Pessoa 2012. Zenith é investigador pessoano, tradutor e crítico literário, responsável pela tradução para inglês de autores como Camões, Sophia de Mello Breyner, Drummond e Antero de Quental.
 
O anúncio foi feito, como habitualmente, no Palácio de Seteais em Sintra por Francisco Pinto Balsemão, que preside ao júri também constituído por Fernando Faria de Oliveira (Vice-Presidente), António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, João Lobo Antunes, José Luís Porfírio, Maria de Sousa, Mário Soares, Miguel Veiga, Rui Magalhães Baião, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho-Marques.
 
De acordo com o presidente do júri, Pinto Balsemão, a proposta do nome de Richard Zenith foi feita por duas pessoas exteriores ao Prémio Pessoa: Rui Vilar e Nicolau Santos. Balsermão lembrou que Zenith, nascido nos EUA, se tornou“cidadão de Portugal por dedicação e louvor a uma obra, a de Fernando Pessoa, uma literatura, a nossa, e uma língua, a portuguesa”. É um “estudioso e investigador da obra e figura de Fernando Pessoa, Richard Zenith tem posto o conhecimento acumulado ao longo de décadas ao serviço disciplinado e metódico de uma paixão”, acrescentou.
"Esta investigação conduziu a um entendimento mais consistente de domínios relativamente inexplorados de uma aventura pessoana, registados e fixados nos escritos autobiográficos e na fotobiografia de Pessoa. Com lucidez, Richard Zenith é não apenas um editor da obra pessoana, um explicador da heteronímia, mas também o grande tradutor da sua poética para a língua inglesa", diz a acta do júri sobre o premiado que é natural de Washington DC, tendo obtido a licenciatura em Letras na University of Virginia. Viveu na Colombia, no Brasil e em França antes de se radicar em Lisboa, em 1987.
 
"A dedicação de Richard Zenith à língua e à literatura portuguesas levou-o ainda a traduzir para inglês autores clássicos e contemporâneos como Antero de Quental, Sophia de Mello Breyner, Nuno Júdice e António Lobo Antunes, Richard Zenith conta igualmente com uma produção original de poemas e contos dispersos por publicações várias".
 
O júri lembrou ainda que Richard Zenith foi um dos curadores da exposição "Fernando Pessoa, Plural como o Universo", que esteve entre Fevereiro e Maio na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. A relação de Zenith com Fernando Pessoa é o centro de uma história que atravessou já fronteiras, sendo uma das mais autorizadas vozes sobre o poeta português.
 
Para o historiador José Sarmento de Matos, Zenith entende a língua portuguesa "na dimensão mais profunda da sua evolução e dos segredos da sua idiossincrasia, levando a palma à maioria esmagadora dos próprios portugueses". O historiador escrevia, em Março deste ano no PÚBLICO, que o trabalho de Zenith era elegante e peculiar, chamado a atenção "para uma ou outra fraseologia menos apurada nos seus contornos" por força do "seu olhar sempre atento." Esta ideia de viagem por entre os textos surgirá de um modo de pensar a escrita de Pessoa.
 
Quando guiou o PÚBLICO na exposição Fernando Pessoa Plural que, depois de apresentada no Brasil se mostrou na Gulbenkian, Zenith falava de Pessoa como "um escritor que estava sempre em movimento e defendia que uma pessoa com uma mente activa não se podia fixar numa só opinião.
Mas a obra de Zenith não se esgota em Pessoa. Camoniano por paixão, o autor foi responsável, em 2009, por traduzir a lírica de Camões numa edição acompanhada por ilustrações de João fazenda. Sonetos e Outros Poemas, editado pela Planeta, mostrava que gostar de Camões e Pessoa não era uma contradição. "Estamos a assistir a um renovado movimento em torno do Renascimento português que faz lembrar a actividade de Jorge de Sena nas décadas de 60 e 70", dizia o autor em entrevista publicada no Ípsilon, sobre um livro que reunia 40 sonetos e outros 12 poemas que pretendiam "representar as várias formas poéticas" da lírica. Escolhidos por Zenith, os textos mostravam "o desconcerto do mundo, a inexorável passagem do tempo ou a experiência de exílio". Se a lírica camoniana é considerada "menor" relativamente a Os Lusíadas, lembrava Zenith, contudo, esta é a "coroa de glória tranquila para uma tumultuosa vida interior".
 


sábado, 15 de dezembro de 2012

T'shirts literárias


T'shirts com obras literárias famosas estampadas na íntegra! A parte cinzenta é constituída por milhões de carateres! (Clicar na imagem para aceder)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

domingo, 2 de dezembro de 2012

Tempo para ler | dezembro



Prémio Portugal Telecom de Literatura

A notícia é do Público:
 
Valter Hugo Mãe é o grande vencedor da 10.ª edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. O escritor português recebeu esta noite, numa cerimónia que decorreu no Auditório Ibirapuera, em S. Paulo, no Brasil, o prémio na categoria de melhor romance com a A Máquina de Fazer Espanhóis e também foi o vencedor do Grande Prémio Portugal Telecom 2012.
Valter Hugo Mãe é o grande vencedor da 10ª edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. O escritor português recebeu esta noite numa cerimónia que decorreu no Auditório Ibirapuera, em S. Paulo, no Brasil, o prémio na categoria de melhor romance com a A Máquina de Fazer Espanhóis e também foi o vencedor do Grande Prémio Portugal Telecom 2012.
"Muito obrigado. É uma honra ser finalista com todos esses escritores com quem fui finalista, estava convencido que Bernardo Kucinski [académico brasileiro que escreveu K., um primeiro romance que se passa na época da ditadura e que recebeu uma menção honrosa] ia ganhar", disse o escritor português, emocionado quando recebeu o prémio de melhor romance das mãos do vice-presidente da PT Brasil, Abílio Martins.
 
Mais tarde, quando voltou ao palco para receber o grande prémio da noite, explicou que tinha de falar devagar para não se comover. “Cresci a escrever muito, mas não achava que ser escritor era algo que eu pudesse ser. Eu escrevia para mim, para fazer a manutenção dos meus dias, para suportar os meus dias. É incrível estar aqui hoje. Agradeço que subitamente eu possa estar mais perto de vocês, mas se calhar mais perto de mim”, disse Valter Hugo Mãe ao agradecer o Grande Prémio Portugal Telecom 2012, para o qual estavam nomeados também os vencedores da noite nas outras categorias.
 
No prémio de romance também eram finalistas o brasileiro Michel Laub, com Diário da Queda (que irá ser publicado em Portugal pela Tinta da China no próximo ano) e o brasileiro de ascendência argentina, Julián Fuks, com Procura do Romance.
 
O artista brasileiro multimédia Nuno Ramos venceu a categoria de poesia com a obra Junco. O escritor, que já foi vencedor do Prémio Portugal Telecom 2009 com Ó, agradeceu à mulher, Sandra, que fez os desenhos deste livro, "uma espécie de cena original de tudo o que ele faz". Na categoria de poesia concorriam ao prémio o poeta português Gastão Cruz, com o livro Escarpas e Zulmira Ribeiro Tavares (Vesúvio), e ainda jovem poeta mineira Ana Martins Marques (Da Arte das Armadilhas).
 
O Prémio Camões 2012, o escritor brasileiro Dalton Trevisan, vencedor das edições de 2003 e 2007 do Prémio Portugal Telecom e que este ano concorreu com o livro de contos O Anão e a Ninfeta, foi o vencedor na categoria de conto e de crónica. O escritor, que não se deixa fotografar desde os anos 60 e vive isolado em Curitiba, não esteve no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, mas enviou a representante da editora Record. Além de Dalton Trevisan, eram candidatos os brasileiros Sérgio Sant’Anna que recebeu o prémio em 2004, com O Livro de Praga; João Anzanello Carrascoza, com Amores Mínimos; e Evando Nascimento, com Cantos do Mundo.
 
A cerimónia, que decorreu no auditório no edifício projectado pelo arquitecto Oscar Niemeyer, teve apresentação do cantor e músico Arnaldo Antunes (ex-Titãs) e da actriz brasileira Maria Fernanda Cândido e foram recordadas as várias obras premiadas ao longo dos dez anos do galardão.
 
Já depois de ter publicado o romance A Máquina de Fazer Espanhóis, que saiu em Portugal em 2010, mas só teve edição brasileira em 2011 – o Prémio Portugal Telecom destina-se a obras em língua portuguesa editadas no Brasil durante o ano anterior ao da sua atribuição –, Valter Hugo Mãe publicou um novo romance, O Filho de Mil Homens (Alfaguara, 2011), também ele já divulgado no Brasil, na Cosac Naif. Esta mesma editora irá agora publicar O Apocalipse dos Trabalhadores, o único romance do autor que não teve ainda edição no Brasil
 
Em Portugal, o escritor acaba de abandonar a editora Objectiva/Alfaguara e assinou contrato com a Porto Editora, que irá publicar, em 2013, o seu próximo romance, do qual se sabe apenas que se passa na Islândia.
 
in Público