quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ainda Pessoa (ante)visto pelos alunos...

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Como vejo Pessoa? Não sei. Não vejo. Imagino, sim. Ver torna-se demasiado difícil quando nos referimos a alguém com uma percepção do mundo inatingível ao comum ser humano.
Uma pessoa faz, uma pessoa olha, uma pessoa compreende. Pessoa não. Pessoa sente, interpreta, Pessoa escreve e reescreve-se de tal modo que se reinventa em inúmeras pessoas diferentes.
Escondido atrás de uns óculos sóbrios e atentos e de um chapéu escuro e subtil, Pessoa observa o Mundo, taciturno, explodindo a fúria de viver, numa escrita inigualável e inexplicável. Uma mente tão complexa e profunda apenas encontra explicação no limite da sua loucura intelectual. Sim, “De poeta e louco, todos temos um pouco”, e ainda que considerado aforismo popular, este provérbio não perde a sua veracidade por o ser, nem Pessoa a caracterização. Cada um sabe gerir a sua veia de demência, cada um escolhe a importância a dar-lhe. Pessoa transformou-a no seu modo de vida, no seu modo de escrita.
“Não sou nada./ Nunca serei nada.” dizia Álvaro de Campos. Incompreendido por muitos e desprezado por outros, a penetração na alma e espírito do ser humano é levada ao auge com Pessoa, alguém que, privado da presença de quem o admire, se recria em novas personalidades, com dia de nascimento, profissão e terra natal, construindo o seu mundo, a sua vida socio-psicológica apenas nas profundezas da sua consciência e na superficialidade do papel.
De tantas formas que se pode idealizar alguém, imagino Pessoa perdido nos seus próprios devaneios e pensamentos, visões e introspecções. Imagino-o a vaguear por ruas infindáveis, sem destino nem propósito.
Pedras no seu Caminho? Guardou-as todas. Pessoa construiu muito mais que um castelo.
Ana Lúcia Rebelo, 12B
(Enviado por: Isabel Moreira)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fernando Pessoa - olhares e expectativas

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A poesia nunca perderá sentido graças a Fernando Pessoa. A sua personalidade sempre reflectirá na eloquência e na excepcionalidade que figuram nas suas composições poéticas. Quando falamos de Pessoa, não falamos de uma simples pessoa, falamos de um fingidor que se entrega às palavras com um amor muito próprio, que sempre tocará todos os fingidores e todos os fingidos.
Luísa, 12º D

Fernando Pessoa. Pouco sei dele, mas muito posso adivinhar na sua maneira de se mostrar. A pose enigmática transborda mistério e inteligência. Veste sempre de preto, muito arranjado, aperaltado no bigode perfeito e nos sapatos cuidadosamente engraxados.
Simples pessoa, sentado num café, algures perdido nas letras da sua vida, encontrado por um mundo que, sentado ao seu lado, descobriu nele um grande escritor.
Rita Reis, 12ºE


Um pequeno génio, um intelectual sentado a uma mesa de madeira, escondido num rosto invulgar. Palavras transparentes que nascem em poemas grandes. O desassossego das mesmas, furtivas nas entrelinhas. Ler um poema de Fernando Pessoa, uma vez apenas, é como pintar com água em tela branca.
Sara Cardoso, 12º D


Gostava de ter sido eu. E dizer: imagino-te num café, sentado a um canto, rodeado de um barulho surdo que não te vê. Uma sombra escura que entra e sai.
Gostava de ter sido eu. Mas houve alguém que te viu primeiro e pediu-me que te imaginasse assim. Procuro. Vejo-te agora. E, nos ombros descaídos, carregas o peso da imaginação. Continuo a procurar. Descubro que me mentiste no nome, enganaste-me. Como te chamas? Fernando Pessoas.
Teresa Stingl, 12º A

Apesar de ainda nada conhecer da obra de Pessoa, vejo-o como um ícone, um convencional marco na história da literatura portuguesa. Artisticamente, preto no branco, é assim Pessoa.
Estou interessada em descobrir e perceber a mente de um génio da Língua Portuguesa (mais um convencionalismo!) que, durante anos, conquistou gerações. Espero que me conquiste também...
Matilde Horta, 12º E

Um lugar recôndito, uma paz alienante, talvez alcançada num dos cafés lisboetas. Este era o ambiente onde a inspiração tomava o poeta, lhe tocava suavemente na pena, escolhia uma das pessoas que Pessoa possuía e desmistificava a curiosidade do leitor. Caçava, então, verso a verso, numa arte e técnica que lhe eram tão características. E o poema ganhava forma.
Joana Nunes, 12º A
(Textos enviados por: Auxília Ramos)

domingo, 26 de setembro de 2010

sábado, 25 de setembro de 2010

Novo romance de José Luís Peixoto

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Chama-se Livro e é imperdível... Clicar na imagem para aceder ao booktrailer:
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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Festival Internacional de Marionetas do Porto

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Consultar o Programa aqui. A não perder: os workshops!
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Danuta Wojciechowska e os clássicos da Porto Editora


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Notícia via LER:
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"A ilustradora Danuta Wojciechowska assina a nova imagem gráfica da colecção de clássicos da Porto Editora, na qual acabam de ser reeditados mais dez títulos: Os Maias, Contos, A Cidade e as Serras e A Relíquia (Eça de Queirós); Falar Verdade a Mentir e Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett); Amor de Perdição (Camilo Castelo Branco); Os Lusíadas (Luís de Camões); A Morgadinha dos Canaviais (Júlio Dinis); e Poesias – Heterónimos (Fernando Pessoa)."