segunda-feira, 28 de setembro de 2009

26 de Setembro - Dia Europeu das Línguas

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“Falar com outras pessoas na sua própria língua ajuda a ultrapassar barreiras linguísticas e culturais”, afirmou a coordenadora do Conselho da Europa para o Diálogo Intercultural, Gabriella Battaini-Dragoni, por ocasião da 9.ª edição do Dia Europeu das Línguas. “Aprender línguas estimula a nossa sensibilidade para culturas diferentes, podendo contribuir para nos distanciarmos e olharmos a nossa própria cultura de uma outra perspectiva.”
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Battaini-Dragoni lembrou que o Livro Branco do Conselho da Europa para o Diálogo Intercultural ‘Viver juntos – iguais em dignidade’ sublinha a importância da aprendizagem de línguas como um meio de desenvolver a curiosidade e a abertura ao Outro, evitando os estereótipos e descobrindo como pode ser enriquecedora a interacção com os outros. A compreensão intercultural é a base para um diálogo profícuo.
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O Dia Europeu das Línguas foi instituído pelo Conselho da Europa em 2001, Ano Europeu das Línguas, para celebrar a diversidade linguística e cultural.
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O Colégio Luso-Francês, através do Departamento de Línguas, associa-se a esta efeméride, assinalando-a com várias actividades, nos diferentes ciclos de ensino. Todos estão convidados a participar nos eventos de celebração deste ano, a mobilizar as suas competências linguísticas e a ouvir /falar / ler com prazer as diferentes línguas utilizadas em seu redor. Durante toda a semana, poderão encontrar outras línguas e culturas mesmo ao virar da esquina…
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Informações e iniciativas acerca do Dia Europeu das Línguas disponíveis em:
www.coe.int/EDL

"Diáspora", de José Rui Teixeira


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Na última sexta (25 de Novembro), o poeta, amigo e colega José Rui Teixeira apresentou Diáspora, testemunho de uma década de poesia. Não pude estar presente num momento que considero decisivo para a sua poética, uma vez que marca um separador temporal importante, fixando, no fundo, a legitimidade da sua periodização e a sua afirmação enquanto "poesia pós-moderna" (não que as classificações hermenêuticas tenham muita importância...). Sei que o Zé Rui contou com a presença dos amigos mais cúmplices e de todos os que caminham com ele, sei que foi um instante único de cumplicidade e de partilha. E, embora não estivesse lá, sei que a noite tocou o inefável no seu manto intimista de carinho e de amizade profundos.
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Deixo as palavras da Drª Auxília Ramos, que teve o privilégio de estar presente:
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Sexta-feira, à noite, a capela de Fradelos, no Porto, voltou a ser “abrigo” para um grande número de amigos que se reuniram em volta do trabalho poético de José Rui Teixeira. A apresentação da sua mais recente publicação “Diáspora” esteve a cargo de Fernando de Castro Branco que, engenhosamente, urdiu um discurso em torno da vida e morte, de lugares, de caminhos, de imagens e metáforas, da sobreposição de memórias, de incursões bíblicas, de terra, água, ar e fogo, de jardins com magnólias, da figura materna, de tessituras verbais que resistem à tentação da ausência de luz, do vazio semântico...
Para mim, bastava-me “um coração cheio de milagres”…
“Diáspora” reúne, de forma depurada, o trabalho poético de uma década, mas inova com “Ataúde”, um inédito trabalhado entre 2008-2009 – “ Fala-me secretamente das magnólias, do modo/como caem as pétalas sobre a terra nos últimos dias”…
Uma década, assinalou José Rui, acrescentando que a História se faz por décadas. Uma década desde a primeira publicação do seu trabalho poético. Não sei se a noite de sexta, na capela de Fradelos, foi um acontecimento histórico, mas foi, certamente, um momento especial para muitos. Ao ouvir a palavra “década” na boca do Zé Rui, recuei vertiginosamente no tempo e revisitei vários momentos passados: a biblioteca do CLF no dia em que homenageamos o poeta/colega pela publicação de “Vestígios” (a primeira), a primeira apresentação pública em Fradelos, “um lugar que habitamos juntos”, talvez não tão povoado como sexta-feira, mas, seguramente, tão ou mais cúmplice de um amigo, de um poeta, de um peregrino que assume que “partimos sempre mais do que chegamos.", a inclusão em manuais escolares de alguns dos seus poemas, a “encomenda” de um inédito para ilustrar, poeticamente, os pensamentos de Maria Bárbara, a princesa de “Memorial do Convento”…
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“Nasceste numa manhã como se fosse um lugar branco
e as mãos entranharam-se em ti para te dar à luz.
mas não te deram asas no dia em que nasceste.
nem te deram luz. Deram-te uma ferida e um coração
de carne e tiveste que aprender a ver através das
superfícies. (…)”
(inédito, 16 de Dezembro de 2004)

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Foi um serão de memórias. De gratidão. Um serão em que, uma vez mais, a poesia do José Rui nos desinstalou, nos fez protagonistas de uma diáspora, nos convidou a partir em busca dessa “essencialidade”, apenas pressentida nas páginas dos seus livros: Vestígios, Quando o verão acabar, Para morrer, Melopeia, O fogo e outros utensílios da luz, Assim na terra, Oráculo e Zerbino.
"Começa o tempo onde se une a vida/ à nossa gratidão." - Herberto Hélder
Auxília Ramos

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O regresso de Sena

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Jorge de Sena regressou finalmente a Portugal, no dia 11 de Setembro.
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PintARTE - entre a palavra e a arte

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Ontem recebemos no Colégio o Professor e Pintor contemporâneo Carlos Carreiro, um dos fundadores do grupo Puzzle. É sem dúvida um dos mais notáveis e reconhecidos pintores da sua geração, destacando-se a sua obra por uma certa rebeldia inconformada e por uma criatividade prodigiosa. As suas pinturas estão povoadas de seres oníricos, num cenário de contornos surreais que ultrapassam os limites da imaginação e da genialidade.
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A propósito do estudo da poesia de Fernando Pessoa e do Modernismo, os alunos de 12ºAno assistiram a uma palestra entusiasmada sobre a arte e sobre os -ismos de vanguarda. Com o auditório repleto, o Professor Carlos Carreiro iniciou uma viagem que atravessaria vários séculos (e até milénios), desde as gravuras rupestres ao Renascimento, do Barroco ao Impressionismo e terminando no Modernismo e nas suas diferentes manifestações. A sua análise desvelou pormenores que passariam despercebidos a qualquer leigo e mostrou aos alunos a matriz do Modernismo, curiosamente latente em algumas correntes ainda anteriores ao início do século XX.
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Foi uma tarde de (re)descoberta da pintura e da sua irrefutável ligação à literatura e, em concreto, à poesia. Sem dúvida, uma experiência única de intermedialidade, de combinação entre imagem e palavra, entre pintura e poesia.
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Deixo dois links para quem quiser aprofundar os conhecimentos sobre a pintura de Carlos Carreiro:
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Musicografias

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Quando era pequenino, a minha família não tinha o hábito de fazer férias fora de casa. Tinha (quase) três meses de férias passadas maioritariamente na praia, com um ou outro fim de semana a ir conhecer o país. Lembro-me bem do fascínio que sentia ao regressar a casa, pela ponte D. Luís I (depois de descer a Avenida da República cheia de árvores frondosas) e sentir "finalmente estou em casa". Só muito mais tarde conheci bem este "velho casario", calcorreando a pé as "vielas e calçadas" nos tempos de caloiro. Mais tarde ainda conheci a vista da Serra do Pilar, aonde ainda vou de vez em quando matar saudades.Escolhi esta música por ser uma música de saudades: saudades das férias, saudades de casa, saudades de um tempo... Mas é inextricavelmente uma música de alegria, de formigueiro: da alegria do regresso, do entrar no porto, entrar em casa...O Carlos Tê usa as palavras como eu não conseguiria. Deixo-vos com o vídeo do Rui Veloso a cantá-lo, no concerto comemorativo dos seus vinte anos de carreira.

Bom regresso!

Joaquim Silva

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terça-feira, 1 de setembro de 2009