quinta-feira, 24 de junho de 2010

Aristides de Sousa Mendes

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Transcrevo o post (que me emocionou) do Senhor Embaixador Francisco Seixas da Costa, sobre Aristides de Sousa Mendes, no blogue duas ou três coisas. Porque é importante não deixar cair no esquecimento algumas figuras decisivas na nossa história...
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"Gostava de ter tido ontem comigo, na Embaixada, aqueles que, em Portugal, insistem em não prestar tributo ao gesto do antigo cônsul em Bordéus, Aristides Sousa Mendes, que, nessa qualidade, emitiu alguns milhares de vistos, desobedecendo às ordens recebidas
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Gostava de ver essas pessoas confrontadas com a emoção que observei nos olhos de uma cidadã judia, hoje americana, que nesses dias trágicos de Junho de 1940, esteve nas filas do nosso Consulado em Bordéus, entre muitos milhares de refugiados, e que ontem me contou pessoalmente como pôde obter um visto gratuito para entrar em Portugal, e daí partir para a liberdade.
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Gostava de os ver fazer entender a essa senhora, olhos nos olhos, que Aristides Sousa Mendes não deveria ter emitido o visto que lhe salvou a vida e deveria, com exemplar zelo burocrático, ter seguido as determinações na Circular nº 14. de 11 de Novembro de 1939, segundo as quais "os cônsules de carreira não poderão conceder vistos consulares sem prévia consulta ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (...) aos judeus expulsos dos países da sua nacionalidade ou daqueles de onde provêm".
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Gostava."
Francisco Seixas da Costa

1 comentário:

Francisco Seixas da Costa disse...

Muito obrigado pela sua simpática nota