domingo, 7 de junho de 2009

Oficina de Poesia

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Tenho recebido vários trabalhos do 7º e 10º anos que finalmente publico. Junto também os das turmas de 8ºano.
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7ºAno

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Diogo Flávio, 7B
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Maria Inês, 7C
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Inês Juvandes e Ângela Ramos
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Luís Pimenta, 7C
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José Pedro Borges, 7A
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Alexandre, 7C
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Tiago, 7D
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Miguel, 7D
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Helena, 7C
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João Moreira, 7C
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Patrícia, 7C
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Um dia sonhei

Um dia sonhei,
Por aí viajar
Ver a terra e o mar
Sem parar

Um dia sonhei,
A serra subir
Para ver o sol
Luzir

Depois acordei,
À Terra voltei,
E uma coisa eu sei,
Posso viajar
Sem sair do lugar
Basta sonhar.


Joana Seia, 7A

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8ºAno

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Jogo das metáforas: o poeta é...
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8ºB
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“O poeta é um prisioneiro das palavras” – Pedro Nuno
“O poeta é o sol da literatura” – Pedro Vieira
“O poeta é a raiz de uma floresta” – Daniela
“O poeta é um ser capaz de ir mais além” – Nuno
“O poeta dá vida às palavras” – Manuel
“O poeta é um pássaro que paira no mundo das palavras” – Rui
“O poeta é o semeador das ideias que depois florescem” – Duarte
“O poeta é o pastor da imaginação” – João
“O poeta é o relógio da vida” – Catarina
“O poeta é o deus das palavras” – Tiago Novais
“O poeta é o escultor das palavras” – Sofia V.
“O poeta é o arquitecto dos sonhos” – Maria
“O poeta é um marinheiro num mar de palavras” – Maria
“O poeta é o maestro da orquestra das palavras” – Bianca
“Ser poeta é morrer apenas quando o céu deixar de cantar” – Luís
“O poeta é o transmissor da emoção e do sentimento” – Alfredo e Carolina S.
“O poeta é uma alma sem corpo que vive num mundo de solidão” – Joana
“O poeta é dos únicos seres que não tem vergonha de si mesmo” – Sofia C.
“O poeta é o oráculo das palavras” – Carlos
“O poeta é a alma que chora aos pés da Terra” – Tiago C.
“O poeta é a luz que brilha sem se ver” – Filipa
“Ser poeta é ser livre” – Alberto

“Ser poeta é ter alma em mim” – Mafalda

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8ºD
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“O poeta é um ser cujo sonho se torna sempre realidade”- João Paiva
“O poeta é um redemoinho de emoções”- Diogo
“O poeta é o mensageiro da poesia” - Zé Eduardo
“O poeta é sempre criança”- Luís Mouta
“O poema é o palco das palavras”- Gonçalo Gomes
“O poeta tem palavra no sangue”- Gonçalo Gomes
“O poeta é consumido pelas palavras”- Gonçalo Gomes
“O poeta é a alma do saber”- Gonçalo Gomes
“O poeta é o camponês do poema”- Gonçalo Gomes
“O poeta é pedra”- João Filipe
“O poeta é tudo e ninguém”- João Filipe
“O poeta são suspiros de um oprimido”- Ricardo Santiago
“O poeta é o hospedeiro da alma”- Rita Malafaya
“Todo o homem é poeta, todo homem cria algo do nada”- Mariana Fernandes
“O poeta é um agricultor que lavra as palavras”- Pedro Silva
“O poeta é uma nuvem sonhadora”- Rafael
“O poeta é o guardião das palavras”- Ana Rita
“O poeta é a solidão do papel”- Miguel Vieira
“O poeta é o alicerce das palavras”- André Vidal
“O poeta é o criador do mistério”- António
“O poeta pertence ao universo enigmático e incomensurável das palavras”- Mariana Gradim
“O poeta é o escultor da palavras”- Pedro Conde“

"O poeta é os olhos do mundo” (Leonor)
“O poeta é a sombra da realidade”- Leonor
“O poeta é um ser livre para imaginar”- João Miguel
“O poeta é um sonhador selvagem”- Catarina
“O poeta é um verso que pinta tudo a cores”- Sofia
“O poeta é o espelho dos sonhos” - Inês
“O poeta são lágrimas escritas” (Inês)
“O poeta é uma linha em que ninguém pode escrever”- Inês
“Não se é poeta por ser doutor ou vossa excelência… Nem por marquês ou conde… É-se simplesmente poeta… Só se necessita de arte e o resto não conta”- João Guilherme

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Ilustração do poema "Vesperal", de Miguel Torga:
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Catarina, Mariana e Sofia, 8D
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E, contudo, é bonito
O entardecer.
A luz poente cai do céu vazio
Sobre o tecto macio
Da ramagem
E fica derramada em cada folha.
Imóvel, a paisagemParece adormecida
Nos olhos de quem olha.A brisa leva o tempo
Sem destino,
E o rumor citadino
Ondula nos ouvidos
Distraídos
Dos que vão pelas ruas caminhado
Devagar
E como que sonhado,
Sem sonhar...
Miguel Torga, Vesperal
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E, a partir da definição científica de "árvore",a criação de um texto poético:

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8B

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As árvores morrem de pé...
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Imponentes deuses da floresta,
Escorrem vagarosamente pelo horizonte
Trespassando o rubro poente
Da tarde que esmaece

Uma orquestra silenciosa
Rasga o infinito colorido,
Estende os seus cabelos cor de jade



E adormece lentamente
Nos braços do crepúsculo...
As árvores morrem de pé.


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8D

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Árvore
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Mágoas passadas
Escorrem
No leito da terra
Brotam, milenares,
Das veias frágeis…
Sangue, seiva selvagem,
Navega pelas entranhas
Das memórias esquecidas…
Vultos erguem-se nas brumas
Corpos vencidos jazem
Inúteis, fúnebres, melancólicas

No vazio incomensurável da solidão…

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10º Ano

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Este é o resultado de dois tipos de desafios poéticos lançados em aula:

1- Construir um soneto "à maneira camoniana", tendo como tema balanço de vida e como referência "Erros meus...", no âmbito do estudo do lirismo camoniano;
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Erros meus, desilusão, perdição,
Escapam-se em emoções variadas,
E permanecem então desvairadas
Disputas que partem o coração.

Alguém pára e estende-te a mão,
Diz-te que não estás só, enternecido,
Mas engana-te e troca-te o sentido.
Nada mais do que insana traição!

Todo o pensamento é desesperado,
Toda a injustiça é com dor sentida
Pelo meu coração despedaçado.

Sentimento de mim afugentado,
Saudade de minha vida perdida!
Vida! Vida! serás triste e esquecida…

Íris Sereno, 10º A


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Sucessos meus, glorioso estudante,
Passando cada ano com distinção.
Grandes louvores levei adiante,
Sonhando-me um herói para a Nação!

Pegadas de meu pai sempre pisei,
Com coragem e determinação.
Tecnologia, Electrónica bisei,
Tornando-se em qualidades, então.

Que em todas as escolhas acerte,
Erros no meu dicionário não constem.
Que a vitória esteja sempre presente!

Estas palavras assim o demonstrem
E este soneto vos apresente:
Sucessos meus e fama, simplesmente!
Miguel Carneiro, 10º A


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Vida nua, que do sangue te viste
Só banida como ente putrefacto,
Sem conhecimento de terno acto
De amor, em mim pura permaneceste.

Reminiscência pueril, viste
Teu princípio tornar seu doce acto.
Porém sobeja foi, destino exacto,
Que flagelou tua fortuna triste.

Sobeja de mágoas persistentes
E maviosas carícias vãs,
Não espanta quão urge tua vontade

Em retornar a esses fluídos quentes.
Pois tal vida não conhece manhãs,
Merecendo o nome Felicidade.
Ana Cristina Maio, 10º E


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2- Criar um poema, recorrendo a versos escolhidos de poemas de vários autores, no âmbito do estudo da poesia do séc. XX.


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Chamar-te-ei amor
Como o esqueleto de uma palavra morta.
Apenas para ti criarei um dia puro
sem nenhum medo,
sem voz, do coração.

Dá-me mãos inteiras de chuva
em que a ilusão se faz eternidade
dessas coisas que trazemos sem que possam
ser ditas.
Pois um verso que as vestisse
definharia sobre a roupa adiada
de quem ama por morrer.
Ana Cristina Maio, 10º E


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Para ti traficaria almas,
(não esta, que esta é tua).
Para ti criaria um dia puro,
(o que revelasse a metamorfose do meu corpo
e retrocedesse à melancolia do teu ósculo).
E, como um cego a descrever a cor
ou um surdo sonhando melodias,
te desprenderia inconscientemente do meu ser.
Deste-me a tua mão,
duvidando do exibicionismo,
recusei-me a tomá-la.
Tomei sim o teu corpo,
longe de tudo o que altercava,
longe de todo o desalinho,
e fiz das minhas mãos a tua roupa.
O meu coração bate,
e eu não sei.
Não sei se não mata.
Sei que o meu amor anda por dentro do silêncio
a fomular loucuras com a nudez do teu nome.
Então troco o ósculo,
inverto a metamorfose
e modifico o inconsciente.
Deste-me mãos inteiras de chuva.
(Pesou-me.)
Pesou-me essa tua chuva orgulhosa.
Não posso adiar este abraço.
Não posso trocar, não posso inverter ou modificar.
Tudo o que me sai,
Sai-me agora sem voz, sem propósito.
Por ti trafiquei almas
e permiti a mutação do meu corpo,
porém, recusei sempre o teu grito.
Ana Catarina 10ºE


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1 comentário:

Ana Maio Graça disse...

Obrigada por continuar a manter vivo este nosso sonho de ser poeta