terça-feira, 18 de março de 2008

Oficina de Leitura 10º Ano (Diário)

Deixo uma sugestão de que já tinha falado nas aulas. Um filme inspirado numa história real e que traz à tela uma reflexão sobre a escrita diarística. Há a referência, aliás,a um diário emblemático que gravou as memórias do Holocausto e da experiência da Segunda Guerra Mundial...






Outra sugestão, para os mais corajosos: um diário muito especial que retrata a visão de um estrangeiro sobre o Portugal salzarista dos anos 40:




Era o único diário de Eliade que, por vontade do autor, só podia ser publicado depois da sua morte e "o único manuscrito", o que criou "dificuldades de transcrição e algumas incorrecções", disse à agência Lusa o tradutor, o jornalista romeno Corneliu Popa.
Trata-se de uma obra de cerca de 300 páginas, publicada pela editora Guerra & Paz, e inclui um estudo de um sobrinho de Eliade, o crítico literário Sorin Alexandrescu, que virá a Portugal em Abril para apresentar o livro.
Mircea Eliade (1907-1986), autor de "O Mito do Eterno Retorno", "Tratado da História das Religiões" e "O Sagrado e o Profano", foi adido de imprensa e adido cultural da embaixada da Roménia em Lisboa entre 1941 e 1945.
O autor estava em Portugal quando terminou a II Guerra Mundial: "Salazar, que tinha cometido a `gaffe` de ordenar luto pela morte de Hitler e tinha sido injuriado na imprensa anglo-americana, corrigiu o erro rompendo as relações com a Alemanha, fechando a Legação e congelando os fundos alemães", anotou Eliade no seu diário, no dia 10 de Maio de 1945.
O escritor romeno conheceu pessoalmente Salazar, que retrata com simpatia ("É menos rígido visto de perto").

Eliade ficou "fascinado" com a poesia de Camões e "o charme indescritível" de Sintra e apreciava "Os Maias", de Eça de Queiroz, realça também o tradutor. Contudo - acrescenta - "o Portugal que ele descreve é um país bastante atrasado, muito rural e até triste".
"Não sei porquê, Portugal parece-me cada vez mais triste. Prestes a morrer. É um passado sem glória", escreveu Eliade no dia 3 de Outubro de 1943.
A passagem do autor por Portugal ficou também marcada pela morte da sua mulher, em 1944.
Fonte: Agência Lusa



1 comentário:

Anónimo disse...

Freedom Writers, filme espetacular
Digo o mesmo do seu blog x)
Parabéns

João Raio 10ºE