terça-feira, 15 de abril de 2008

Ainda a lista dos melhores livros...

Uma sugestão do poeta José Rui Teixeira:
Considerando o desafio, resolvi alterar algumas regras do jogo: escolhi autores e só depois os livros; separei poetas de ficcionistas e dramaturgos; procurei algum equilíbrio entre uma certa representação mítica de alguns autores, a importância literária de determinadas obras ou simplesmente o facto de me terem marcado num contexto específico de que guardo memória. Não se trata de uma lista definitiva; a escolha dos autores e dos livros aconteceu de um processo natural, sem angústias; e só faz sentido se for devidamente situada.

Ficcionistas

1. Fiódor Dostoiévski, Os irmãos Karamazov, Crime e castigo e Cadernos do subterrâneo;
2. Virgil Gheorghiu, A 25ª Hora;
3. Aldous Huxley, Admirável mundo novo;
4. Georges Bernanos, Diário de um pároco da aldeia e Os vastos cemitérios sob a lua;
5. Fernando Pessoa, O livro do desassossego;
6. Marguerite Youcenar, Memórias de Adriano;
7. Gabriel García Marquez, Cem anos de solidão;
8. Franz Kafka, O processo e A metamorfose;
9. Isidore Ducasse, Os cantos de Maldoror;
10. Vergílio Ferreira, Para sempre e Em nome da terra.

Predomina a literatura estrangeira. Se escolhesse outros autores portugueses, ponderaria naturalmente os nomes de Agustina Bessa-Luís, Saramago ou Lobo Antunes; O remorso de Baltazar Serapião seria um bom pretexto para escolher o valter hugo mãe. No que diz respeito a autores estrangeiros, deixo a referência de outros livros que me marcaram particularmente: O esquecido de Elie Wiesel, Se isto é um homem de Primo Levi, O fim da aventura de Grahm Greene ou o Rio profundo de Shusaku Endo. Tenho o propósito de ler Em busca do tempo perdido de Proust.

Dramaturgos

Aqui não apresento uma lista, na medida em que é uma área que não domino. Li quatro peças de Shakespeare, mas aqui escolho toda a sua obra dramática, pelo que representa. Marcaram-me particularmente À espera de Godot de Samuel Beckett, Assassínio na Catedral de T. S. Eliot e O novo Menoza ou Histótia do Príncipe Tondi de Cumba de Jakob Lenz.

Poetas

No que diz respeito à poesia, também não apresento uma lista, desta vez por ser a área a que mais me dedico. Assim, no contexto da poesia portuguesa, escolho a lírica e Os Lusíadas de Camões e Ou o poema contínuo de Herberto Helder; as obras poéticas de seis autores que me marcaram muito: Antero de Quental, Camilo Pessanha, António Nobre, Teixeira de Pascoaes, Fernando Pessoa e Guilherme de Faria; a poesia de quatro poetas já falecidos: Ruy Belo, Luiza Neto Jorge, Luís Miguel Nava e Daniel Faria; e três poetas vivos: José Tolentino Mendonça, Isabel de Sá e Jorge Melícias.

Quanto aos poetas estrangeiros: A divina comédia de Dante, particularmente por aquilo que representa; as obras poéticas de autores tão distintos como Hölderlin, Baudelaire, Rimbaud, Paul Celan ou Sylvia Plath; Anabase de Saint-John Perse, O passo do adeus de Cristina Campo, Matar Platão de Chantal Maillard, Espelho negro e Bela adormecida de Miriam Reyes.

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